quarta-feira, 16 de março de 2011

Glicólise

 A molécula de glicose é quimicamente inerte. Assim, para que a sua degradação se inicie, é necessário que esta seja ativada através da energia fornecida pelo ATP.
Segue-se um conjunto de reações que levam à degradação da glicose até ácido pirúvico, com formação de ATP e NADH.
A glicolise compreende: Uma fase de ativação durante a qual é fornecida energia à glicose para que esta se torne quimicamente ativa e dê início ao processo de degradação. Assim:
- A glicose é fosforilada por 2 ATP, formando-se frutose-difosfato;
- A frutose-difosfato se desdobra em duas moléculas de aldeído fosfoglicérico (PGAL).
Segue-se uma fase de rendimento durante a qual, a oxidação dos compostos orgânicos permite libertar energia que é utilizada para formar ATP. Assim:
- O PGAL é oxidado, perdendo 2 hidrogénios (2e- + 2H+), os quais são utilizados para reduzir a molécula de NAD+, formando-se NADH + H+;
- Formam-se 4 moléculas de ATP;
- Após estas reações, forma-se ácido pirúvico (ou piruvato), uma molécula que contém, ainda, uma elevada quantidade de energia química.
 No final da glicólise, restam:
- 2 moléculas de NADH;
- 2 moléculas de ácido pirúvico;
- 2 moléculas de ATP (formam-se 4, mas 2 são gastas na activação da glicose).


A rendimento de energia da glicólise é pequeno em relação a energia total da glicose. Duas moléculas de ATP correspondem apenas a cerca de 14 kcal/mole, enquanto que se a glicose em laboratório for completamente oxidada formando H2O e CO2, liberta, sob a forma de calor, 686 kcal/mole. As moléculas de ATP que foram formadas na glicólise representam apenas 2% da energia total da glicose. AS que contem maior parte dessa energia química proveniente na glicóse são as duas moléculas de NADH e especialmente as duas moléculas de ácido pirúvico. 
A redução do ácido pirúvico acontece pela ação do NADH, e pode conduzir à formação de diferentes produtos. Assim, existem vários tipos de fermentação, cujas designações indicam o produto final: fermentação alcoólica (álcool etílico), fermentação láctica (ácido láctico), fermentação acética (ácido acético) e fermentação butírica (ácido butírico).  

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